Quantas estações terei de esperar?
Quantas colheitas terei de perder?
Sementes, folhas, flores, frutos
Frutos, flores, folhas, sementes
Quantas nasceram, quantas morreram
Secaram, ou nem sequer desabrocharam?
Quantas chuvas e as formigas à espera de asas
Tanto Sol e a roupa ainda molhada no varal
Tanto chão roxo, fértil e vivo
E tu insistes em aprisionar a flor no jarro
Vinícius M. Maciel