quarta-feira, 4 de setembro de 2013

''Escravo da Esperança''

Sente que está tudo acabado,
ninguém mais põe sequer o seu prato à mesa
É um fantasma a vagar na própria casa
Ignorado, só as paredes lhe ouvem
E só a rua o acolhe
Abatido, anda por ai…
E trabalha feito os operários
da própria destruição
Bebe na jarra do escárnio
e ri, mesmo sem entender a piada
Almeja mudar, eterno escravo da esperança
Procura a morte na noite
Como quem procura o amor
Adormece, anseia o sonho dos tolos
e não mais acordar
Acorda, escarra arrependimento junto a sangue
Chora, acredita em Deus
e tem medo de morrer…
Vinícius M. Maciel