Chegada a noite, tu anoitece
Adormece, mesmo com os ratos que arranham o forro
Na pia, feito um estalactite sob a louça suja
Como o tic-tac do relógio – terríveis ponteiros
Assombroso, escurece
Feito tortura nazista, enlouquece
Escala corredores vazios, paredes opacas
Ecoa a solidão
E o silêncio grita que ensurdece
Se debruça em lençóis, pesadelos
Com o ranger do que há muito não viu óleo
Vigiado por aqueles pesarosos olhos
Reza, para que o dia chegue logo…
Vinícius M. Maciel
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