quarta-feira, 7 de março de 2012

‘’Musa Taciturna’’

Oh meu amor, vê a Lua que tange o céu em brilho?
Sei que estás à sua janela a admirá-la
Vejo o reflexo dos olhos teus
Meu banho lunar de solidão
Minha musa taciturna, tua falta me completa
Te amo sem tréguas, como o verme ama a carniça
E o defunto ama o funeral e o caixão
Tu, que como o estouro da manada
De mil bestas desgovernadas, pisoteou meu coração
Trapaceou no jogo de cartas, e deu o último trago no galão
Sanguessuga viciada, drenou a minha essência vital
És concubina de minha utópica alforria
E também a onírica cura de meu desejo desvairado
Vinícius M. Maciel

Nenhum comentário:

Postar um comentário