Meu irmão gêmeo disforme
Minha sombra que me urge
Na Lua minguada surge
E no Sol abrasante agoniza
Meu irmão mais que irmão, confidente
Das minhas dores nenhuma sente
Porém pouco tempo me abandona;
Ao breu intangível de meu quarto
Comigo deita, como um’alma ao morto que retorna
Se junta algo que nunca devia ter-se desjuntado
Como carne que do avesso o fogo reluz
A vermelhidão vivaz celular
Se me por do avesso também
Verás que uma sombra também sou!
Vinícius M. Maciel
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