terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

''O Homem Descrente''


Deixa crescer a barba na cara feito uma promessa
Porém, é por puro remorso, aquele mesmo do filósofo
Com aquela preguiça dos que só veem a vida passar
Nos portos de solidão vendo a esperança em um barco zarpar…

O amor é o operário da destruição de todo homem
O mais enigmático dos sentimentos
Da mesma veste que acoberta os criminosos
Te rouba não o brilho dos bolsos, mas sim o brilho dos olhos

E deixa a se lamentar o homem por acres sabores
Descrente de tudo, nada mais sente
E tem toda lágrima furtiva furtada por maus duendes
Doudo da cabeça fica, doído do peito, um fantasma de carne
 - Desgraçou-se!
Inábil, nada mais alenta, nem o acalenta…
Vinícius M. Maciel

Nenhum comentário:

Postar um comentário