O maior
drama do poeta é não poder escrever
Quando não se sente mais nada no peito
Se não o vazio existencial de suas queixas
E o delírio pela dama inexistente
Quando não se sente mais nada no peito
Se não o vazio existencial de suas queixas
E o delírio pela dama inexistente
Amar não ter
mais o que amar, é desespero
O poeta vive da esperança, e sofrer se torna apego
O poeta vive da esperança, e sofrer se torna apego
Mas quando é
ceifada a vista do horizonte
Onde se olha e nunca se chega
Pode ser então
engolido pela terra preta
Um poeta
vazio é mudo, quase um defunto
Que anda por ai sem alento
E grita pra dentro, na esperança que esse buraco tenha fundo
E que o eco lhe traga uma resposta que não seja a pergunta
Que anda por ai sem alento
E grita pra dentro, na esperança que esse buraco tenha fundo
E que o eco lhe traga uma resposta que não seja a pergunta
É triste ver
o poeta em agonia
Sua decadência nunca fora dantes tão feia
Macambúzio feito os lázaros disformes
Tem preguiça de morrer mesmo sem cura
Sua decadência nunca fora dantes tão feia
Macambúzio feito os lázaros disformes
Tem preguiça de morrer mesmo sem cura
Viverá a vagar
sem alma
Vai se
embriagar inté ficar louco
Se perdendo nas páginas da própria existência
Se perdendo nas páginas da própria existência
Vinícius M. Maciel
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