Caiu pesado feito uma pluma
No estardalhaço de um ruído
Sem fé feito um anátema
Travestido de bandido
Sorriu ao ver um clarão forte
Pensou logo ser a morte
Ou as alucinações do corpo partindo
Não pensou
Nem em Deus, nem no Diabo
Nem no seu pai, coitado
Ou em sua mãe, inconsolável
E de repente, tudo escuro
Se ouviu um sagrado urro
As trompetas estonteadas
Pela ilustre alma que chegara
Nos portões do céu
O vazio e o nada
Só a triste jornada
Da universal solidão
Que triste ser eterno
Ai dos Deuses, eu não quero!
Quero mesmo é ser terreno
Com o caixão afundado em plena terra
Não sei se é o céu o que vivo
Mas no inferno me sinto
É no silêncio, meu suplício
A maldição da eternidade!
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