quarta-feira, 20 de julho de 2011

''Bandeira Branca''

É meu caro
Se foi, era hora
Tudo acabou
A vitória só a morte espera
Perdeu a guerra
Pois nem mesmo a tua milícia
Que tantas batalhas travou
Nem o próprio exército de Átila agüentara
Tu terias de te render um dia
É chegada hora
Toca a trombeta e os tambores de tua retirada
Tua bandeira branca de nada adiantou
Está manchada de sangue, coitada
E a tua velha esposa, a solidão
Aguarda sem retorno a tua volta
Mas sabia que um dia
Um sono que nem Hypnos imaginara
Te tornaria escuridão de vez
E a tomaria seu amor inconsolável
Pois toda lágrima o vento seca
A chuva esconde
E todo rio a correnteza renova

Vinícius M. Maciel

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