terça-feira, 31 de janeiro de 2012

‘’O Afortunado’’

Tive sorte, talvez merecesse
Tive sorte, pois talvez tu merecesses mais
Queria ter alguém para agradecer
Deus, quem sabe?
Quem viu?
Quem me viu sofrer em preces escondidas?
A vela acabou, o fogo apagou, a cera secou
Mérito meu teria sido?
Apoio o ego nos ombros, bato no peito de orgulho
Da tristeza nunca vou largar, talvez por segundos
Milhares de segundos ao teu lado
Perdi as costelas como Adão
Mas foi para arrancar-me fora o coração
E dá-lo a alguém que cuidaria melhor do qu’eu
Sou afortunado, pois é tesouro o teu sorriso
O brilho perlado dos teus olhos
De profundidade d’onde os minérios se escondem
Beleza maior seria inconsebível
Das curvas perfeitas dos vales, me perco na sensibilidade do toque
Feito vampiro a tua jugular encho de beijos
Calorosos os teus lábios me aquecem
Isso é mais do que na vida almejo
Se Deus fez algo melhor, guardou pra Ele
 - Em minha cova nasceu uma flor…
Vinícius M. Maciel

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