domingo, 11 de novembro de 2012

''Porfiria''


Perpétuos seres da noite, negros poetas do obscuro
Despertam no calar do crepúsculo
E no calor do desejo oriundo do sangue
A porfiria de roxas verdades
Deficiente enzimático profundo
Não mais a pobre síntese do Hemo
É o que diriam os próprios médicos acusadores
Que proferem agora diagnósticos hipocondríacos?
Bate em tua própria boca, ó maldito!
Condenam o misticismo em um mundo que tudo é possível?
Acreditará no dia em que tua jugular for beijada
Pelos dentes tristes de um vampiro!
Vinícius M. Maciel

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