quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

''Apunhalado''


Tenho dores de estimação
Das quais tento de todas esquecer os nomes
Me engano fácil, e me vejo em prantos muitas vezes sem saber…
Me marcaram a sangue frio, me apunhalaram sem pudor
alguém que disse que amou, como tão cruel pode ter se tornado?
Como objetos alojados, e que se forem retirados
Retiraram também a vida do ferido
Meu coração assim apunhalado, sobrevive e insiste
Mas meu médico me disse que isso mataria homens e cavalos
E que logo meu coração desistiria
Já não posso mais ver os retratos, se não me levam ao estilhaço
E volta a sangrar tudo outra vez…
Vinícius M. Maciel

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