Consigo ver o morto que sai do caixão. É hedionda sua paixão, pobre
morto putrefacto. Sinto-me assim ao acordar na doce manhã de jasmim, ao mesmo modo do defunto apaixonado, comigo meu coração desgarrado, que ama sem temer morrer. Acorda sempre disposto a se arruinar, como o Sol rui no arrebol...
e é a noite que me arremata o miserável gosto, o gosto rude da cal.
- Saiu de sua cripta lânguida, ó Nosferatu, besta infernal!
- Saiu de sua cripta lânguida, ó Nosferatu, besta infernal!
Estou eu, ante ao desespero, impávido, como o coveiro está para a enxada e a sepultura, e o moribundo está para a doença e o funeral.
Vinícius M. Maciel
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